família

miguel

Tava pensando aqui, como seria a vida se a galera que toma as decisões importantes da engenharia civil e afins convivesse um pouco mais com crianças?


Olha, eu não vou nem entrar no mérito de desenvolver uma casa autolimpante porque já sei que é pedir demais.


Eu me refiro a coisas muito básicas e bem simples. Como, por exemplo, paredes “irriscáveis”. A prova de lápis, caneta, canetinha, giz de cera e, pra ser segura, sombra de maquiagem. Não pode ser tão difícil assim. Sabe quando você precisa escrever o nome da criança em um material escolar importante e não tem santo que faça o raio da tinta ficar? Então! Faz disso uma parede, cacilds!


Interruptores. Quem foi que teve a brilhante ideia de estabelecer como padrão para interruptores uma altura acessível para crianças de dois anos? Tem fase que é tanto acende e apaga, apaga e acende que até me sinto xofen novamente, numa rave. Aliás, cadê os interruptores bloqueáveis? Fica decretado que nenhuma luz será acesa antes das 8h da manhã.


Janelas e espelhos que em pleno ano de 2020 ainda ficam com marcas de dedos, e mãos, e pés, e bochechas, e línguas, e todas as outras partes do corpo que crianças esfregam no vidro. Já existe até geladeira que não marca a digital, qual a dificuldade de usar a mesma tecnologia nos vidros e espelhos?


Agora um papo sério. Quinas afiadas que são milimetricamente desenvolvidas para estarem na exata altura da cabeça de bebês que estão A-PREN-DEN-DO a andar. O mundo quer saber, por que?


Portas que ao manuseadas fazem barulho.

Oh céus! Oh vida! Oh emojis dando tapa na testa! Cada vez que a porta de um quarto de bebê faz “nhec”, a unha do dedão de um anjo encrava no céu.


E já que estamos falando em portas. Cadê os sensores que não permitem prender dedos? Cadê a porta de banheiro que produz um campo magnético que impede a aproximação de minihumanos?


E se até papel antigordurante existe, por que não piso de cozinha?

Alexa, por favor, respostas!


Autora: @rafaelacarvalhoescritora