manuela

“Se você fizer assim a sua criança vai dormir a noite inteira.” Não existe!

“Se você fizer assado a sua criança nunca vai fazer birra.” Não existe!

“Se você seguir a minha dica sua criança sempre vai comer super bem.” Não existe!

Me assusta essa busca sem sentido por crianças perfeitas! Me assusta porque adivinha…não existem!

A sensação que eu tenho é que mães e pais não querem lidar com comportamentos que são totalmente esperados em bebês e crianças. É só ler um pouquinho sobre desenvolvimento infantil para entender.

O sono picado, a dificuldade de comunicar e lidar com o que sentem (que pode virar manha ou birra) a relação com a alimentação que é algo construído, entre tantas outras coisas.

Pais e mães, se sentindo vulneráveis e perdidos procuram por algum espécie de Salvador da Pátria, que adivinha? Não existem! Só que se nomeiam assim, aos montes, na internet.

Recém pais e mães focam em seguir dicas e regras, desses “messias”, a risca, que adivinha? Não funcionam para a maioria das famílias. Aí então, o próximo capítulo dessa história é sempre um balde de água fria que tem nome e sobrenome: expectativa frustrada.

Querida leitora, o que funciona na casa da vizinha, da sua irmã, o que funcionava na casa da sua mãe, a dica mega sedutora que promete que seu filho nunca mais fará birra, provavelmente não vai funcionar por aí.

Talvez possa até funcionar por um tempo. Mas não terá constância. E sabe por quê? Nesse lance de criar filhos, como diz aquela sábia poeta: o pra sempre, sempre acaba.

Tudo são fases, tudo é cíclico. Não crie expectativa que a rotina não vai mudar, que a criança vai sempre dormir bem, que vai sempre se “comportar” bem, que sempre vai comer bem. Sejamos razoáveis temos filhos… humanos, lembra? E não robôs programados.

Que a gente entenda que é importantíssimo estudar, se informar com conteúdos seguros e profissionais que não sejam extremistas. Mas que a gente nunca esqueça que a únicas pessoas que podem “salvar a pátria” do nossos filhos somos nós, seus pais. Conhecendo-os, escutando-os e entendendo que eles são únicos.

Texto: @maeforadacaixa